segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Literatura e Filosofia: Ícaro

Literatura e Filosofia: Ícaro: Parte I      Aqui no edifício, tem uma janela discreta. Da rua, até alguns dias atrás, via-se a luz tênue da lâmpada acesa o tempo inteir...

Literatura e Filosofia: A última criança camponesa tem um amor no coração

Literatura e Filosofia: A última criança camponesa tem um amor no coração:    Crianças. Não sei quantas. O avô está sentado na varanda. Cadeira de embalo, o homem fala coisas aos pequenos para encher-lhes a imaginaç...

Literatura e Filosofia: Dia Santo - 1ª parte - Gênese - Capítulo 1...

Literatura e Filosofia: Dia Santo - 1ª parte - Gênese - Capítulo 1...: Capítulo 1      Nasci e vivi muito tempo na Amazônia. Criança de brincar nos beiradões dos rios lamacentos, de carregar as bacias de roup...

Literatura e Filosofia: O círculo

Literatura e Filosofia: O círculo: “A mortalidade ou a corruptibilidade do corpo não pode afetar a imortalidade ou a incorruptibilidade da alma.” (De um manuscrito rosacru...

Literatura e Filosofia ~- Humberto Batista Leal

Lembrança de um Amigo

do tempo de caserna, no 32º BIMTZ em Petropolis, RJ nes epoca se chamava  tenente HUMBERTO

[HBLeal-DIVULGA%C3%87%C3%83O2+%282%29.jpg]

   Mesmo em tempos pouco doces e menos literários como são os dias da contemporaneidade, a poesia, como um fenômeno vigoroso da insolência humana, se dá de repente entre nós e recupera a inocência extraviada. É um aparecer súbito de inspiração e resistência que nos devolve à vida, inclusive quando esta tem gosto de perda. Assim é a poesia, tão ainda necessária na aridez da existência tocada pela cibernética.
   Leio os versos do poema O que sobrou (para Antonio Candido), de Cássia Janeiro, e entro num mundo em que a vida toda se veste para uma festa, absorvendo a morte e a ausência. A morte que não é de morrer, nem é de desespero, mas sim outro jeito de viver, entre cheiros e lembranças, na vastidão que acolhe o finito do humano.    
   Graças ao poema, enxergo o homem Candido em seu silêncio de resistir à partida da mulher de uma vida inteira. Outrora, ele sequer se preparara para recebê-la; ela simplesmente chegou. Dividiram o teto, escoaram juntos o tempo de viver; compraram e leram livros, tiraram retratos do cotidiano, construíram um mundo. Ali dentro as crenças, os anseios, os ceticismos, os plenos, os vazios. 
   A ampulheta da mulher se esgotou primeiro. Acabou-se precocemente a areia feminina. Ela se foi. E deixou para trás roupas, livros, retratos, o homem amado agora atravessado pela solidão. 
  O homem sente o fato de estar só, coisa que dói muito; e só não dói mais porque se transfigura em vida - a palavra vem redimir a perda, e então a vida dá um salto adiante, feito uma criança brincalhona, inocente como o amor que perdura para além de qualquer tempo.
   O homem resiste. A mulher agora vive na ampulheta que ficou. A ampulheta de Antonio Candido. 
   Eis o belo poema de Cássia Janeiro que faço questão de transcrever:

O que sobrou de você neste
Apartamento
Foram as suas roupas,
Que logo vão ser dadas,
Os seus livros,
Alguns dos quais serão meus,
Aqueles que compramos juntos,
As lembranças.
O que sobrou foram seus retratos e,
Quando vi uma foto sua, sorridente e saudável,
Lembrei-me de que não me preparei
Para a sua vinda,
Mas pude me preparar para a sua ida.
Mas quando você foi,
Ah, meu Deus!
O que sobrou?
O que sobrou
Fui eu.

    
   

JOGOS OLÍMPICOS ENTRE LIXO E COCÔ


Na ocasião da candidatura olímpica do Rio de janeiro, as autoridades cariocas não titubearam em prometer que os jogos recuperariam as águas límpidas e saudáveis do Rio com um programa governamental de US$ 4 bilhões. Qual nada. O velho e histórico problema de esgotos no Rio de Janeiro só piorou, nas últimas décadas. Isto se deve à explosão populacional, que levou muitos dos 12 milhões de habitantes da área metropolitana para as imensas favelas à margem da baía.
Todo o lixo que se acumula deságua em mais de 50 riachos que desembocam na Baía de Guanabara, que um dia foi o orgulho dos cariocas. Um mal cheiro insuportável emana das águas da baía e de suas belas e, aos olhos, paradisíacas praias muito frequentadas em belos tempos, por praticantes de natação. Isso durou até os anos 70, mas hoje não existe a mínima condição. São toneladas de lixo caseiro despejadas todos os dias e nada foi feito para que isso parasse de ocorrer, apesar dos US$ 452 milhões em empréstimos, desde 1993, feitos pela agência de cooperação internacional do Japão, via Banco Interamericano de Desenvolvimento, para esse fim.
Por muitos e muitos anos, nenhuma das quatro estações de tratamento de esgotos construídas com o dinheiro japonês funcionou com plena capacidade, e a estação de Duque de Caxias não tratou nem uma gota de esgoto desde sua construção em 2000 até a inauguração em 2014. Como parte do projeto olímpico, o Brasil prometeu construir unidades de tratamento de resíduos em oito rios, para filtrar boa parte dos esgotos e impedir que toneladas de resíduos caseiros fluíssem para a Baía de Guanabara, mas só houve a construção de uma. 
Mario Moscatelli, um biólogo que passou 20 anos lutando pela limpeza das águas do Rio de Janeiro, resumiu assim, sua decepção: “As autoridades brasileiras prometeram a lua para sediar as Olimpíadas, e, como é de praxe, não vão honrar com o seus compromissos. Estou entristecido, mas não estou espantado”.

ATLETA DE MAGÉ GANHA MEDALHA DE OURO E ATAQUE DE GATO, NA COLÔMBIA


Foto de perfil do atleta em rede social
O atleta Carlos Henrique Rios Lemos (foto), de Magé, já está em casa, depois de ganhar a medalha de ouro no triatlo, nos Jogos Pan-americanos da Colômbia. Em sua cidade, Carlos Henrique é mais conhecido pelo apelido Boneco. 
No entanto, a grande alegria do atleta mageense não chegou sozinha. Ele teve também um grande problema. No domingo, dia 26, antes da prova, Boneco foi atacado por um gato. No início, achou que não daria em nada, mas na hora da prova começou a passar mal. mesmo assim obteve a vitória, mas logo depois já estava com muita febre. Em Bogotá, onde foi medicado, os médicos perceberam que a situação do atleta estava crítica. De volta para o Brasil, Boneco foi  acompanhado pelo serviço médico aéreo até o Chile. Já no Brasil, chegando a inflamação estava se espalhando, mas ele foi medicado adequadamente, com injeções anti-rábicas. 
Em casa, já livre do problema e do susto, Carlos Henrique namora, como ele mesmo disse em rede social, sua medalha de ouro. Também em rede social, agradece ao amigo Betinho, que deixou seu trabalho e foi buscá-lo no aeroporto do Galeão.
O Redator parabeniza o atleta mageense por mais esta conquista.

Crônica - ALEGRIA DE PROFESSOR


Demétrio Sena, Magé - RJ.




Meu querido ex-aluno; é com satisfação e grande orgulho que o reencontro e constato que você se formou um homem digno. De bem. Admiro grandemente sua desenvoltura e a simpatia no atendimento a tantas pessoas diferentes. De culturas, condições econômicas diversas e temperamentos opostos. Venho sempre aqui, por se tratar de um espaço gastronômico democrático, ao alcance até mesmo de um simples professor como eu. Você deve ser novo nesta casa, pois é a primeira vez que me atende.
A propósito, sabe quem vi um mês atrás? Marcele; a menina endiabrada e linda que adorava beijar os meninos da classe para provocar ciúmes em todos eles; lembra? Ela também está ótima; bem sucedida como você. Trabalha honestamente. Creio que se tornou comissária de bordo. Quem não encontro faz muitos anos é o Tião Azulão, aquele menino tímido que a turma toda zoava por causa do cacoete com os olhos, mas tive notícias suas que me deixaram feliz como estou agora: ele comprou um terreno de bom tamanho, na roça, depois de receber uma ótima indenização por processo movido contra uma empresa em que trabalhou. Nesse terreno, Tião arregaçou as mangas e fez uma bela plantação de coqueiros. Fornece cocos para vários quiosques em uma praia do Rio.
Bem; agora preciso ir. Foi realmente um prazer encontrá-lo. É sempre ótimo ter boas notícias de meus ex-alunos. Saber que seguiram suas vidas com dignidade, não importa em que profissões. Com muito ou pouco estudo, muita gente se perde pela vida e julga ter sucesso, tão somente por ganhar muito dinheiro com o que faz, mesmo levando a sociedade ao caos. É o caso dos traficantes, agiotas, milicianos, sequestradores, políticos e similares. Ainda bem que vocês, ao invés disso, têm coragem para trabalhar.

domingo, 2 de agosto de 2015

Pai de Santo interrompe culto Apóstolo Agenor Duque Plenitude do Trono d...

Ministério Público do Estado do Rio de JaneiroÁreas de AtuaçãoMeio AmbienteÓrgãos ambientais


Instituído pela Lei 6.938/81 e regulamentado pelo Decreto 99.274/90, o Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA) constitui um sistema articulado de órgãos e entidades das três esferas federativas e com participação da sociedade civil, responsável pela proteção e melhoria da qualidade ambiental, com base no conceito de responsabilidades compartilhadas e controle social.

Os órgãos do SISNAMA devem promover o diálogo e articulação com os sistemas específicos de gestão ambiental, como oSistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SINGREH) e o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC).

O exercício da competência comum para a proteção do meio ambiente, prevista no art. 23, incisos III, VI e VII e P. único da Constituição da República foi regulamentado pela Lei Complementar nº 140, de 08 de dezembro de 2011, que disciplinou a repartição das atribuições e o regime de cooperação federativa entre os órgãos do SISNAMA.

Organograma SISNAMA no Estado do Rio de Janeiro

ESFERA FEDERAL



CONSELHO DE GOVERNO: órgão superior colegiado que reúne os todos os ministros e a Casa Civil tendo por função assessorar a Presidência da República na formulação da política nacional e nas diretrizes governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais.

CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente): órgão consultivo e deliberativo tendo por finalidade assessorar, estudar e propor ao Conselho de Governo, diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais e deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas e padrões compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida.
Lei 6.938/81, Decreto 99.274/90, Portaria MMA 168/2005.

Presidência: Ministro de Meio Ambiente

Plenário: 45 representantes de 5 setores (órgãos federais, estaduais e municipais, empresarial e sociedade civil) com direito a voto.
Obs.: um representante do MPF e um representante dos MPEs indicado pelo CNPG figuram como Conselheiros Convidados sem direito a voto.

Câmaras Técnicas: 11 órgãos compostos de 10 conselheiros cada, encarregados de desenvolver, examinar e relatar ao Plenário as matérias de suas competências.

Grupos de Trabalho: criados por tempo determinado para analisar, estudar e apresentar propostas sobre matérias de sua competência.

Resoluções: deliberação sobre diretrizes e normas técnicas, critérios e padrões relativos à proteção ambiental e ao uso sustentável de recursos naturais.

MMA (Ministério do Meio Ambiente): órgão central tendo por finalidade planejar, coordenar, supervisionar e controlar a política nacional e as diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente.


IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis): órgão executor encarregado de executar e fazer executar as políticas e diretrizes governamentais definidas para o meio ambiente.


ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade): órgão executor encarregado de executar e fazer executar a política de conservação da biodiversidade e as ações voltadas à gestão das unidades de conservação federais e suas zonas de amortecimento – integrante do SNUC. 

ESFERA ESTADUAL

SEA (Secretaria Estadual do Ambiente): órgão central da administração estadual com função de formular e coordenar a política estadual de proteção e conservação do meio ambiente e de gerenciamento dos recursos hídricos, visando ao desenvolvimento sustentável.

CECA (Comissão Estadual de Controle Ambiental): órgão colegiado vinculado à SEA a quem compete baixar normas ambientais e atos complementares necessários ao funcionamento do licenciamento ambiental; aplicar penalidades cabíveis aos infratores da legislação de controle ambiental; e dar solução final aos processos de licenciamento ambiental (Decreto 21.287/95).

CONEMA (Conselho Estadual do Meio Ambiente): órgão deliberativo e normativo a quem cabe o estabelecimento das diretrizes da política estadual de controle ambiental (Decreto n° 40.744, de 25.04.07).

INEA (Instituto Estadual do Ambiente): órgão executor de programas e projetos dirigidos à proteção, conservação e recuperação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável (Lei 5101/07).
Oriundo da fusão da Fundação Estadual de Engenharia e Meio Ambiente (FEEMA), Superintendência Estadual de Rios e Lagoas (SERLA) e do Instituto Estadual de Florestas (IEF).
Estruturado em 9 Superintendências Regionais correspondente às regiões hidrográficas do Estado.

ESFERA MUNICIPAL

Secretaria Municipal de Meio Ambiente: órgão central da administração municipal composto de corpo técnico especializado e revestido de competência para a fiscalização e o licenciamento ambiental.

Conselho Municipal de Meio Ambiente: órgão normativo, colegiado, consultivo e deliberativo de gestão ambiental, com representação da sociedade civil organizada.