segunda-feira, 30 de março de 2015

40% das reservas hídricas do mundo podem encolher até 2030, diz ONU


Relatório divulgado coloca Brasil entre países com mais estresse ambiental.
Nações Unidas celebram Dia Mundial da Água neste fim de semana.

Margem da represa Atibainha, na cidade de Nazaré Paulista (SP), que integra o Sistema Cantareira, principal manancial de São Paulo. O sistema voltou a receber chuva e chegou ao 20º dia consecutivo de alta, segundo boletim da Sabesp (Foto: Luis Moura/Estadão Conteúdo)
Margem da represa Atibainha, na cidade de Nazaré Paulista (SP), que integra o Sistema Cantareira, principal manancial de São Paulo. Apesar das chuvas de fevereiro e começo de março, sistema está pouco mais de 15% de sua capacidade com água (Foto: Luis Moura/Estadão Conteúdo)
Um novo relatório divulgado pelas Nações Unidas nesta sexta-feira (20) afirma que, se nada for feito, as reservas hídricas do mundo podem encolher 40% até 2030 e, por isso, é preciso melhorar a gestão deste recurso para garantir o abastecimento da população mundial.

O documento, elaborado pela agência da ONU para Educação, Ciência e Cultura, a Unesco, aponta ainda que 748 milhões de pessoas no planeta não têm acesso a fontes de água potável.
Outra conclusão é que o Brasil está entre os países que mais registraram estresse ambiental após alterar o curso natural de rios. As mudanças nos fluxos naturais, segundo a análise feita entre o período de 1981 e 2010, mas que foi concluída em 2014, foram feitas para a construção de represas ou usinas hidrelétricas.
Entre as consequências dos desvios estão uma maior degradação dos ecossistemas, com aumento do número de espécies invasoras, além do risco de assoreamento.
Os autores do texto cobram do governo brasileiro e das demais nações da América Latina que priorizem a gestão da água para reduzir a poluição, principalmente em áreas urbanas, e evitar conflitos entre o desenvolvimento econômico e a preservação dos recursos naturais. Segundo a ONU, o gerenciamento dos mananciais deve ser vetor para o desenvolvimento sócio-econômico e redução da pobreza.
Aquíferos ameaçados
Mapa estresse ambiental (Foto: G1)
De acordo com o documento, 20% dos aquíferos mundiais já são explorados excessivamente, o que pode gerar graves consequências como a erosão do solo e a invasão de água salgada nesses reservatórios.
Os cientistas preveem ainda que em 2050, a agricultura e a indústria de alimentos vão precisar aumentar em 400% sua demanda por água para aumentar a produção.
Angela Ortigara, doutora em engenharia ambiental e integrante da Unesco na Itália, disse ao G1que o foco do relatório é dar subsídios aos países para o enfrentamento da crise hídrica.
Segundo ela, a falta de acesso à água potável já melhorou muito – de 1990 até agora, 2,3 bilhões de pessoas deixaram de acessar recursos contaminados. No entanto, o número apresentado no relatório deste ano ainda é alto.
ONU (Foto: G1)
Para melhorar a situação, o relatório apresenta quatro sugestões aos países:

- É preciso conhecer seus recursos hídricos, melhorar o monitoramento para saber de onde vem a água, qual é a sua qualidade e como realizar uma distrubuição melhor;
- Definir estratégias para o futuro, com a previsão de cenários em torno da distribuição;
- Integrar as decisões dos setores de energia, agricultura e recursos hídricos para que as ações atendam a todas as áreas e sejam feitas de forma sustentável;
- promover a boa governança: as decisões em torno da água precisam ser transparentes e devem ter a participação da sociedade civil, para que a população se sinta obrigada a colaborar para atingir a sustentabilidade.
Tais medidas podem, por exemplo, ajudar o Brasil a resolver o atual problema de desabastecimento que atinge várias regiões metropolitanas do país.
A ausência de chuvas ao longo de 2014 baixou o nível de reservatórios importantes de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, que tiveram que implantar políticas restritivas de acesso a água, como racionamento ou aplicação de multa para quem gasta mais recursos hídricos.
Risco de escassez maior
Ary Mergulhão, coordenador de ciências naturais da Unesco no Brasil, explica que as políticas voltadas à água em grande parte do mundo ainda estão em formação, já que o tema “está em constante mutação e desafia a criatividade e o poder de gestão dos governos”.
“Alguns países que acreditavam que tinham muita água enfrentam atualmente problemas de escassez, má distribuição e má preservação. A consciência [dos governos] atualmente está mais crítica que antes, mas precisamos trabalhar mais”, explicou.
Cidade ao lado de açude que abastece Fortaleza sofre com falta d'água (Foto: Reprodução/TV Verdes Mares)Cidades da região Nordeste também sofrem com a falta d'água (Foto: Reprodução/TV Verdes Mares)

Produção energética nos aterros sanitários, uma alternativa para geração descentralizada

Ivan Felipe Silva dos Santos*
Apesar da tendência nos países desenvolvidos ser a não utilização de aterros sanitários para disposição final de resíduos sólidos urbanos, e sim, a incineração ou seleta coletiva a fim de se praticar a reciclagem e digestão anaeróbia da fração orgânica, a realidade Brasileira é outra. O Brasil ainda luta para eliminar os lixões, é o que afirma a matéria “O fim dos Lixões?” publicada no portal Terra e a opção mais barata para disposição dos resíduos, outrora dispostos em lixões, são os aterros sanitários. 
Entre 2012 e 2013 o percentual de resíduos sólidos urbanos (RSU) dispostos em aterros cresceu de 58 a 58,3% no país conforme dados daAssociação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e resíduos especiais- ABRELPE, o que representa mais de 2,2 mil municípios contendo aterros, segundo dados do Ministério Brasileiro do Meio Ambiente. Desta forma, os aterros já são o destino final de mais da metade dos RSU, e a tendência, é que este percentual aumente nos próximos anos devido à política nacional de resíduos sólidos que estabelece que as prefeituras não possam mais dispor seus resíduos em lixões.
Já que o número de aterros está em crescimento, surge então a possibilidade de se utilizar o biogás produzido por meio da decomposição anaeróbia dos resíduos nestes aterros para produção energética. A curva de produção de gás em aterros atinge um pico no ultimo ano de disposição de resíduos apresentando a seguir um decaimento onde o biogás será produzido por meio da decomposição dos resíduos que já haviam sido dispostos no aterro, como se observa na figura 1. Nela vemos que a produção de gás residual é bastante longa e permanece por dezena de anos após o fechamento do aterro.

Figura 1: Curva típica de produção de biogás em aterros sanitários.
A produção energética nos aterros sanitários se torna interessante dentro do contexto de geração descentralizada, dado que os aterros são comumente construídos em locais próximos as cidades geradoras de resíduos. Desta forma, a energia (ou até mesmo o gás), produzido nestes aterros poderia ser comercializado para consumo em unidades próximas ao aterro.
A conversão energética do gás de aterro pode ser feita por meio de motores de combustão interna ou turbinas a gás. Caso se deseje obter uma maior eficiência na conversão energética (Ou até mesmo o uso do biogás para aplicações mais nobres como a substituição do gás natural ou abastecimento de veículos), o biogás pode ser tratado para remoção de impurezas e aumento de sua concentração de metano.
Um dos entraves ao aproveitamento energético de biogás dos aterros sanitários é a viabilidade econômica. Um estudo realizado pela professora Regina Barros, integrante do grupo de estudos em energias renováveis (GEER) do Instituto de Recursos Naturais da Universidade Federal de Itajubá, estima que a viabilidade econômica deste tipo de aproveitamento só é assegurada para cidades com mais de 200.000 habitantes contribuintes de resíduos. O mesmo estudo demonstrou ainda um potencial de produção de energia elétrica bastante interessante desta forma de geração, de aproximadamente 5 [TWh] para cenários mais favoráveis em 2040.
Contudo estudos posteriores de pesquisadores do mesmo grupo indicaram que uma alteração na capacidade instalada e no tempo de operação na usina em um aterro de uma cidade com aproximadamente 140.000 habitantes, de um valor de potência básica, disponível em todos os anos devido à baixa quantidade de gás necessária para sua geração, para valores mais elevados de potência onde se obtêm uma produção energética superior, resultaram em um aumento significativo da rentabilidade do empreendimento o que indica uma necessidade de otimização da escolha da potência a ser aproveitada nos aterros a fim de que se obtenha uma atratividade financeira mais ampla e, conseguintemente, um aumento do potencial desta forma de geração. 
Outra alternativa para a viabilização do aproveitamento energético dos aterros é a realização de consórcios entre cidades maiores com municípios menores vizinhos para disposição dos seus resíduos em um único aterro, o que aumentará a população contribuinte de resíduos aos aterros. Além disto, programas governamentais que incentivem o aproveitamento energético dos aterros a serem construídos nos próximos anos também são necessários.
*Engenheiro Hídrico, mestrando em Engenharia de energia. Universidade Federal de Itajubá (MG).
Fonte: CERPCH

Brasil vai reformar térmica por R$ 60 milhões e doar usina para Bolívia

          Em meio a uma crise de energia sem precedentes no País e em busca de fontes alternativas para evitar um racionamento, o governo brasileiro vai gastar R$ 60 milhões para reformar e doar uma usina térmica para a Bolívia. O Ministério de Minas e Energia está nas tratativas finais para viabilizar a negociação.
A usina térmica Rio Madeira pertence à Eletronorte, uma das empresas do grupo Eletrobras. Inaugurada em 1989, ela foi uma das responsáveis por abastecer os estados de Rondônia e Acre por 20 anos. Com potência de 90 megawatts, o empreendimento fica em Porto Velho (RO) e é capaz de fornecer energia para uma cidade de 700 mil habitantes.
Segundo uma fonte, a usina precisa passar por uma "recauchutagem geral" para entrar novamente em operação. Antes de doá-la, a Eletronorte vai converter a usina para gás natural, combustível abundante na Bolívia.
Essa reforma, com o transporte e montagem na Bolívia, custará R$ 60 milhões. O dinheiro já foi transferido pelo governo para a Eletronorte, responsável pela reforma. Uma usina térmica nova, com capacidade de 100 MW, custa hoje em torno de R$ 100 milhões.
A transação está prestes a ser concluída pela estatal e depende apenas de um sinal verde do Ministério de Minas e Energia. A doação da usina faz parte dos compromissos bilaterais assumidos entre os dois países.
A térmica Rio Madeira foi desativada em outubro de 2009, quando o Estado de Rondônia foi conectado ao Sistema Interligado Nacional (SIN) e passou a ser abastecido por hidrelétricas, que produzem energia mais barata.
Em janeiro de 2014, a fiscalização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) constatou que a usina, embora desligada, tinha condições de operar parcialmente. Seu prazo de concessão acabava apenas em 2018. No entanto, "devido ao alto custo de operação, esta dificilmente seria despachada".
Por essa razão, a Aneel declarou os bens da usina como "inservíveis à concessão de serviço público". Em 2010, cada megawatt-hora (MWh) produzido pela usina custava R$ 846,98. Atualmente, a térmica mais cara em operação no Brasil é a de Xavantes, também a movida a óleo diesel, com custo de operação de R$ 1.167 por MWh.
A conclusão da Aneel deu aval para a continuidade das negociações, que agora estão em fase final. Segundo uma fonte da Eletrobras a par do assunto, trata-se de uma "térmica de qualidade ruim", por isso o Brasil não faria questão de ficar com a planta.
Por meio de nota, o Ministério de Minas e Energia informou que o acordo teve como objetivo "promover a cooperação energética com a Bolívia". O ministério disse que a transferência de R$ 60 milhões foi autorizada por meio da Medida Provisória 625/2013.
O ministério informou ainda que os trâmites necessários para operacionalizar o acordo deveriam ser informados pela Eletronorte. Já a empresa declarou que o governo deveria se pronunciar sobre o assunto, já que se trata de uma negociação internacional.
O pedido de doação da termelétrica foi feito diretamente pelo presidente boliviano, Evo Morales, em uma reunião bilateral com Dilma Rousseff - a primeira entre os dois - durante a primeira Cúpula da Comunidade de Estados Latino-americanos (Celac), na Venezuela, em dezembro de 2011.
No encontro, Evo explicou à presidente os problemas de energia e os apagões constantes enfrentados por seu país e pediu ajuda. Apesar de ser um dos maiores produtores de gás do mundo, a Bolívia não tem os equipamentos para transformá-lo em energia elétrica.
Dilma prometeu ceder então à Bolívia a termelétrica Rio Madeira, que estava sem uso no Brasil, mas que precisava ser reformada. O contrato seria de empréstimo por 10 anos, renováveis. Na prática, no entanto, o empréstimo se transformaria em uma doação, já que o custo de devolver a usina para o Brasil dificilmente compensaria.
A política de boa vizinhança, no entanto, tem por trás não apenas também necessidade de garantir a boa vontade dos bolivianos. Maior fornecedor de gás ao Brasil, o governo da Bolívia já aumentou duas vezes o preço do metro cúbico enviado ao País, mas garante o abastecimento de outros usinas brasileiras.
Além disso, o Brasil quer viabilizar a construção de uma hidrelétrica binacional, na divisa entre os dois países. Trata-se de um projeto antigo e discutido há anos pelos dois governos, sem ter nenhuma decisão prática até hoje.
O governo ainda terá que elaborar um memorando de entendimento para fazer a cessão formal à Bolívia, o que só deve acontecer quando a usina estiver pronta para ser enviada aos bolivianos. O ato também é enxergado como uma forma de melhorar a imagem do Brasil em La Paz, abalada desde a fuga do senador Roger Pinto Molina da embaixada brasileira, ajudado pelo diplomata Eduardo Sabóia.
A Bolívia continua sofrendo com apagões, especialmente no interior do país, para onde deve ser enviada a termelétrica do Rio Madeira.
Fonte: O Estado de São Paulo

segunda-feira, 9 de março de 2015

REUNIÃO DE ESTRUTURAÇÃO DO 2º CONGRESSO REGIONAL DE TRANSPORTE FERROVIÁRIO DA BAIXADA FLUMINENSE


BOA TARDE,

EM CONFORMIDADE REUNIÃO DO DIA 28/02/2015 DAS LIDERANÇAS DO MOVIMENTO DO PROJETO CENTRAL - PELA REVITALIZAÇÃO DOS RAMAIS FERROVIÁRIOS DA BITOLA ESTREITA E ELÉTRICO DA BAIXADA FLUMINENSE - 1985/2015, ESTAMOS CONFIRMANDO REUNIÃO DE ESTRUTURAÇÃO DO 2@ CONGRESSO DE TRANSPORTE FERROVIÁRIO DA BAIXADA FLUMINENSE
DIA 16 DE MARÇO DE 2015 - SEGUNDA FEIRA
INICIANDO ÀS 1000 HORAS
SEDE DO CMS DE MAGÉ
RUA PIO XII 35 SALA 225, CENTRO, PERTO DO HOSPITAL MUNICIPAL DE MAGÉ
PAUTANDO: 1.  OFICIOS E CONVITES, NO TIMBRE DO MOVIMENTO PROJETO CENTRAL; 2. DOIS TEMAS : TRANSPORTE FERROVIÁRIO NA BAIXADA FLUMINENSE E MOBILIDADE URBANA, COM DUAS OFICINAS E PALESTRANTES; 3. CAMISETAS E ADESIVOS; 4. FAIXAS; 5. FILMAGEM E FOTOS; 6. UM JORNAL FRENTE E VERSO : PROPOSTAS DO MOVIMENTO, FOTOS E A CONVOCAÇÃO DO 2@ CONGRESSO REGIONAL; 7. TRANSPORTE AS LIDERANÇAS A PARTICIPAÇÃO NO 2@ CONGRESSO REGIONAL; 8. APOIOS: PROCURAR OS SINDICATOS DO PETROLEIROS DE DUQUE DE CAXIAS, STEFZCB, SENGE/RJ E A CUT/RJ PARA A ESTRUTURAÇÃO DESSE EVENTO; 9. CRACHAS, PASTAS E CANETA/LÁPIS E 10. ALIMENTAÇÃO.
O TRANSPORTE DE MASSA É TREM, VLT E PRESERVAÇÃO.
SAUDAÇÕES,
LUIZ MÁRIO MACACO, JORGE GONZAGA AZULÃO, JÚLIO CÉSAR CIRILLO, VALMIR LEMOS INDIO, HENRIQUE FLORENCIO, SÉRGIO ABBADE, JADIR BAPTISTA, JORGE SARAIVA, LUIZ ANTONIO COSENZA. JOSE ROSARIO, JOSE CLEMENTE  E ANA MARIA
MEMBROS DA COMISSÃO ORGANIZADORA DO 2@ CONGRESSO REGIONAL DE TRANSPORTE FERROVIARIO DA BAIXADA FLUMINENSE - 2015
TEL 9 7405 2219 -- 9 9131 0742 -- 9 8466 3518 -- 2232 4291 / 9 9913 4013 -- 9 6985 5946