Em passeio pela cidade, é possível conhecer preciosidades históricas como o Morro do Bonfim, rota de fuga dos negros em direção ao Quilombo de Maria Conga – que se transformava num campo de batalha quando os senhores dos escravos mandavam seus jagunços virem resgatá-los – e Piedade, tradicional bairro negro de Magé, onde os escravos montavam toda a sua estratégia de resistência. Neste bairro encontra-se a Praça do Leilão, antigo porto de desembarque escravo onde, ao chegar da África, os negros eram acorrentados no paredão. Ainda na Piedade há uma capela inteiramente construída por negros, além de um túnel, escavado por eles, que dá acesso ao Quilombo de Maria Conga, que morreu aos 95 anos de idade.
Resgatar a saga da comunidade negra na região, porém, não é tarefa das mais fáceis. Pelo contrário. Uma sucessão de administrações absolutamente desinteressadas em preservar este belo capítulo da história do povo brasileiro, impediu que a população local travasse contato com suas raízes. Tivemos governos que procuraram destruir todas as referências da cultura negra na região. Principalmente uma família que ficou no poder por vários anos. Felizmente, há exceções. Marcílio da Costa Faria, 68 anos, veterano militante da causa negra no Brasil, é uma delas. É assim como se fosse um patrimônio cultural ambulante de Magé.
E a função do Grupo Resgate Memória Magé é resgatar a nossa História, que certamente despertará nos mais jovens o interesse por essas Relíquias desconhecidas.
Gilvaldo Dias Guerra
GRUPO RESGATE MEMÓRIA MAGÉ
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